Filmagem entre quatro paredes

Por: Rudolf Ritter

De tempos em tempos pululam sex tapes na rede, mostrando celebridades (ou não) em momentos íntimos. Não que filmar sexo seja novidade. Mas o que antigamente era feito de forma discreta e privada, virou reality show na era da internet. Paris Hilton colheu bons frutos da exposição e Colin Farrell parece que ficou indiferente. Mas o que acontece quando a vida de gente normal é escancarada na rede?

Em 2009, uma estudante da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) de São Paulo sofreu com a divulgação acidental de um vídeo picante com o namorado. Há controvérsias sobre como o filme chegou à rede. Mas o fato é que a garota, filha de uma cineasta renomada, passou por um grande constrangimento na faculdade ao reparar que notebook atrás de notebook sintonizava o vídeo.

O caso é uma gota no oceano. "Muita gente faz, mas o problema maior é vazar", conta a estudante Patrícia. Para ela, mesmo que haja confiança no parceiro, o risco de a coisa sair do controle existe. "O que é uma grande hipocrisia. A galera não tem que opinar no que fazem ou deixam de fazer, quando metade também faz", explica.

Mesmo assim, as implicações de um vídeo caseiro circulando por aí são grandes. Casos de menores de idade que filmam suas aventuras podem ser enquadradas como pedofilia pelas autoridades, mesmo que não sejam. Isso fora a repercussão na família e no meio social, que pode ser arrasadora.

Entretanto, muitos entusiastas do exibicionismo podem ser encontrados pela Internet. Tudo com muita discrição, é claro. Não é incomum a divulgação de vídeos em que os participantes usam máscaras ou enquadramentos que escondem os rostos dos envolvidos, para evitar qualquer futura dor de cabeça. Até mesmo sinais na pele ou tatuagens são cobertas com o auxílio digital ou com o uso de esparadrapos. Tudo pelo bom pornô caseiro, é claro.

* Matéria gentilmente cedida pelo !ObaOba e copiada da newsletter no motel.

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