Outro trunfo está no relacionamento com o público. Para fidelizar os “pipocalovers”, Valdir criou dois cartões: no fidelidade, o cliente ganha um saco de pipoca a cada cinco comprados.
E como notou que a partir da metade do mês as vendas caíam um pouco criou o “Oba, Dúzia de Dez”, onde o cliente compra o cartão no começo do mês, paga adiantado por 10 pipocas e ganha 12.
Simples e genial, né?
Pois é, e as novidades seguem pipocando.
A mais recentemente é que durante a pandemia, passou a ser possível pedir a Pipoca do Valdir de casa por meio de um aplicativo de delivery.
Você percebe como esse produto é uma experiência?
A experiência tem a ver com a maneira que você interage com o que você está comprando.
Não é nada de outro mundo, não é caro, é entregar uma experiência que diferencie você.
Tudo o que você promove para oferecer uma experiência melhor para o seu cliente, mais positiva, mais cativante, mais encantadora, é um meio para criar uma memória na mente dele.
Para se adaptar no seu mercado você precisa criar experiências que surpreendam, que aproximem.
E há 4 grandes áreas em que as memórias criadas por essas experiências podem ser geradas:
1. Emocional
Você mexe com a emoção dos clientes de forma que todas as vezes que lembre daquilo, isso lhe cause uma boa sensação.
2. Físicas
Você mexe com os sentidos do cliente, pode ser tato, paladar, olfato ou visão. Se você conseguir atingir mais de um, há uma grande probabilidade de gerar uma boa experiência para o cliente.
3. Mental
Você cria realmente uma experiência na mente e você proporciona uma experiência que só acontece na cabeça dele.
4. Espiritual
Mais do que você ter uma experiência com produto ou serviço, você tem uma experiência espiritual ao comprar aquilo, ao interagir com aquela marca, ao interagir com aquela empresa.
Quando você chega a qualquer um desses 4 níveis, ou de preferência aos 4 níveis, você se torna incomparável com qualquer outro concorrente. Porque nenhum concorrente consegue encantar o cliente tanto quanto você.
Todo mundo, mesmo na crise, que bolar experiências exclusivas tem a chance de vender, se diferenciar e se destacar no mercado em relação ao concorrente que só entrega o feijão com arroz, ou, no caso do Valdir – o milho com bacon.
Eu bato muito nessa tecla.
Na Era Da Experiência Não É Mais Sobre Ter Qualidade
A galera ainda está correndo atrás de ter um produto, um serviço bom e eu não paro de ouvir: “A gente tem o melhor produto e não está vendendo”.
Por que não está vendendo? Porque não é sobre ser bom.
Ser bom é obrigação. Se você não é bom, nem deveria estar no mercado.
Além de ser bom o que mais você tem? Você tem que ser diferente. Quanto produto bom está parado na prateleira?
Na Era da Experiência não é sobre o quão bom é o seu produto ou serviço, mas sobre como o cliente se sente enquanto consome.
“Mas, Agora Está Tudo Mais Difícil…”
Pode até estar, mas agora é exatamente o momento de pensar, alinhar e criar o que será oferecido para o cliente quando o mercado recuperar o fôlego.
Essa pode ser a grande oportunidade de se reinventar dentro do seu modelo de negócios para entregar uma experiência mais cativante para o seu cliente.
Se faça duas perguntas diante dessa situação:
- Como você pode combinar duas ou mais coisas e criar algo novo para o seu cliente?
- Como isso é diferente do que você fazia antes?
O que fez a "Nave" do Valdir decolar foi a capacidade dele de conectar mais pontos, criando experiências que agregam valor e mostram para o cliente dele que o produto que ele está levando vale mais do que o preço que ele está pagando.
A chave não está em quantos pontos você tem, mas em quantas conexões você cria e que são capazes de gerar clientes leais e encantados com o seu negócio.
Você não precisa se render a crise ou a pandemia. Outra vida é possível!
Por acreditar que a Era do Encantamento será como um divisor de águas em muitos negócios. |