Como de costume entro todos os dias no blog do meu amigo Sérgio Pavarini e hoje me deparei com um post muito peculiar com o titulo Fumar é legal. A frase espanta o navegante mais desavisado, mas por incrível que pareça, sim, fumar é legal. E digo isso com a autoridade de um ex-fumante que fumou por mais de dez anos. Não me lembro de nunca ter sido abordado por nenhum policial na rua dizendo: mãos ao alto você esta preso por estar fumando. Cigarro não é uma droga ilegal em nosso país a não ser o cigarrinho do kapeta claro (que é bom também), mas o cigarro que grande parte da população fuma livremente por ai, é totalmente legal perante as leis vigentes do nosso país. E alem de ser legal na lei é legal também por proporcionar um prazer bacana, coisa que não vejo a bebida proporcionar. Por exemplo, já vi gente fazer e também fiz um cara de satisfação tremenda depois de dar um bela de uma tragada num cigarro depois daquela reunião chata numa sala em que não podia fumar ou então depois daquela trepada gostosa ou então depois daquele cafezinho enfim são varias as ocasiões em que um cigarro vai bem. Já no caso da bebida, já vi gente fazer e fiz muita careta ao dar uma golada, nunca vi ninguém bater o carro ou atropelar alguém por ter fumado a noite inteira (repito, não estou falando do cigarrinho da kapeta) mas a bebida sim sempre anda deixando vitimas que não compartilharam do desfrute da noitada, Mas só o pobre do cigarro que é hostilizado, baniram da TV as belas propagandas de cigarros, tenho saudade dos comerciais de Marlboro com Campanhas que fizeram história
A história do “Marlboro Man”, um dos ícones da publicidade mundial

 

 

 

 
A campanha inicial, especialmente o ícone do caubói, fez tanto sucesso que levou o fabricante a usar sempre a figura, para identificar a “terra de Marlboro” em uma série de anúncios intitulada “Marlboro Man” a partir de 1963. O personagem criado por John Landry da agência Leo Burnett, foi inspirado na imagem do caubói Clarence Hailey Long que apareceu na revista LIFE em 1949. O ator William Thourby foi o primeiro cowboy seguido de nomes como Charles Conerly (Quarterback do New York Giants), Darrell Winfield, Dick Hammer, Bill Dutra, Dean Myers, Robert Norris, Wayne McLaren, David McLaren e Tom Mattox. O brilhantismo da campanha foi tanto que o cigarro Marlboro se tornou um ícone do mundo masculino. Em 1995, David McLean, que interpretava o personagem “Marlboro Man”, morreu aos 51 anos de câncer no pulmão. (Detalhe) e as do Hollywood Quem tem mais de 20 anos deve lembrar dos comerciais dos cigarros Hollywood, misturando esportes radicais com muito rock

 

 

 

aff já estou eu aqui numa sessão nostalgia que ta dando nojo. Mas deixo aqui meu protesto as propagandas de cervejas que ainda estão ai em vigor matando muito mais do que o pobre bastãozinho cilíndrico que mata também e bastante não vou negar, e como esse post não é uma apologia ao cigarro quero deixar bem claro que parei de fumar (todos os tipos) cigarros mas um Narguilé de vez em quando ainda rola

Mas deixo pra leitura e reflexão de vocês o texto do meu amigo Pavarini.

Fumar é legal

Mesmo com o avanço das cruzadas antita bagistas, fumar é uma atividade legal em certos ambientes. Ainda que sob o amparo da lei, acender um cigarro perto de algumas pessoas produz olhares enviesados e um ar de desdém, que parece irradiar o sentimento comum: “pobre coitado”.
A censura dos cristãos ao cigarro tem dois argumen-tos: a dependência e a agressão ao templo do Espírito Santo, que é o nosso corpo. Perfeito, bíblico e justo. Quem seria o louco capaz de defender uma agressão tão grande à saúde? Nem por brincadeira dá para tentar atenuar um vício que degrada violentamente o corpo e manda todos os anos milhares de brasileiros para o sobrenome do governador Mário.
Antigamente havia uma boutade de péssimo gosto que dizia: “meu coração é de Jesus e meu pulmão da Souza Cruz”. Não vale nem como piada. O fato é que ambos os motivos invocados pelos cristãos proporcionam uma reflexão salutar. Será que todos os tipos de dependência e de agressões têm sido igualmente condenados?

Miniósculo, miniósculo, tchau, tchau

Com um ar de solenidade quase fúnebre, o dirigente fala à congregação:— Irmãos, este é um momento difícil mas devemos permanecer fiéis. Quero comunicar que o irmão Adolfo está temporariamente suspenso do nosso rol de membros. Na semana passada constatou-se que a obesidade dele passou para o grau “mórbido”. Os irmãos hão de concordar que é muita agressão para o templo do Espírito, portanto ele está proibido de participar das reuniões durante um ano.
Uma dieta saudável é um princípio para se obter saúde e longevidade. Baseado nestas premissas, facções cristãs mais radicais poderiam fazer passeatas contra o McDonald’s, que quase chega a ser um templo no qual o deus colesterol assume diversas feições. O pior é que todas elas são igualmente atrativas. Ofereça às crianças o direito de optar por um prato de rúcula ou um BigMac com fritas. É verdade, a inclinação para o pecado está presente desde a mais tenra idade. — Continuando o relatório das decisões de nossa junta administrativa (junta ou espalha?), informo que a irmã Odete está suspensa por apresentar vida sedentária. O médico constatou que o colesterol dela está muito alto. Como nunca cuidou do corpo, está suspensa por seis meses.
O sedentarismo tem desfalcado ministérios numericamente grandes e promovido muitos servos fiéis para as mansões celestes antes da hora. Como tantas outras doutrinas “forçadas”, aquele texto no qual Paulo afirma que “o exercício físico é pouco proveitoso” (1Tm 4:8) torna-se a espinha dorsal da teoria que condena a prática de esportes. Se fosse confeccionado um folheto intitulado “Os 32 venenos da vida sedentária”, provavelmente ficaria encalhado. — Para terminar, a irmã Justina está suspensa por três meses, por exercício ilegal de medicina e falta de responsabilidade. Todas as vezes que os netos parecem não estar bem, ela escolhe os remédios que eles irão tomar. As crianças nunca foram ao médico e uma delas já apresenta sinais claros de anemia.
Os cristãos condenam o cigarro, mas esquecem-se de tomar outros cuidados sérios com a saúde. O que causa prejuízo maior ao corpo: 16 horas diárias de traba-lho, 7 dias por semana ou fumar alguns cigarros diariamente? Para quem possui colesterol alto, quatrocentos gramas de picanha com muita gordura (hummmm!) podem ser mais prejudiciais do que a dupla tradicional cigarro-café, após as refeições. Soa terrivelmente incômodo, mas é difícil estabelecer precisamente os graus de agressão.


Não, não e não

Durante muito tempo, os cristãos eram reconhecidos pela quantidade de “nãos”: não fumam, não bebem, não jogam etc. Isso nunca deixou de ser uma nova formatação do farisaísmo arcaico, do tipo que coava mosquitos e engolia camelos. Há aproximadamente dois mil anos o Senhor Jesus veio para trocar a ditadura da aparência pela liberdade da essência. E hoje, muito tempo depois, alguns ainda insistem em se fiar em teorias inconsistentes.

A questão não se resume aos papéis enrolados com tabaco. Se na época de Jesus existissem instituições eclesiás-ticas semelhantes às de hoje, preocupadas com questões de somenos, provavelmente o Mestre teria sido excluído antes de realizar seu segundo milagre. Motivo: transformou água em vinho. E dos bons!

Participei de Ceias do Senhor em diferentes versões. Perdi a conta de quantos tipos de pães já comi em eucaristias: grandes, do tipo caseiro, partidos com as mãos, asmos, e o popular pão de forma, em pedacinhos pequenos. Tomei muito suco de uva e também vinho (tinto e rosé) em cálices pequenos e grandes. Hoje eles são descartáveis.

Já vi elementos diferentes na mesa da comunhão: grandes cachos de uvas avidamente disputados no final dos cultos, trigo, frutas diversas representando a fecundidade da terra e outras coisas um pouco estranhas. Mesmo que se importe pão e vinho da região onde foi celebrada a última ceia, nada disso faria sentido se o Pão da Vida não estivesse entronizado em nosso íntimo. Essência, não aparência, de novo.

Querem estender a ditadura do “não”?

Vou sugerir algumas atitudes passivas de suspensão: não ler a Palavra, não dedicar-se à oração, não amar o próximo (vale inclusive para pastores e líderes), acrescentar fardos que carecem de base bíblica, ser despótico na condução da igreja e/ou denominação etc.

Sim, sim e sim

Estamos caminhando céleres para a transição do milênio. É hora de retornar aos fundamentos estabelecidos por Jesus. A obediência a esses princípios trará uma incrível e renovada disposição ao corpo de Cristo. Este, na versão brasileira, tem apresentado uma inclinação ao sedenta-rismo (anda bem quando em direção a congressos e caminha pouco quando o assunto é missões) e propensão a vários vícios (há muitas práticas não-bíblicas sacramentadas pelo tempo e conveniência).

A igreja brasileira, extasiada com o processo de crescimento, acabou se nutrindo de alimentos nada protéicos, com elevada concentração de calorias (pura emoção). É hora de exercitar os músculos da piedade (agora, sim!) e perder as gordurinhas indesejáveis, separando o joio do trigo verdadeiro. Uma lipoaspiração no fundamentalismo brasilis devolveria os belos contornos que as doutrinas do Senhor propiciaram ao seu Corpo.

É hora de nos tornarmos o povo do “sim”.

Sim para a sabedoria, para a justiça social, para o processo vital de salgar este mundo insosso. Chegou o momento de restabelecer o que está preconizado na Palavra. Não podemos continuar a ser apenas uma calda de preceitos morais temperados com pitadas religiosas. Parece saborosa, mas causa danos permanentes à saúde do corpo. E do Corpo!
Sejamos nós reconduzidos à posição de cabeça, porque de “calda” o mundo já está cheio.

Por Sérgio Pavarini

 

E tendo dito tudo isso paro por aqui, abraços desse Ex-fumante Cleoci Pinheiro

 

 

 

 

 

Compartilhe...>

Veja mais...