Estradas paulistas ganham hoje 42 radares ‘dedo-duro’

Inicialmente serão vigiadas 24 vias; governo nega uso para multar ou cassar devedores de IPVA

Começa a operar hoje em 24 rodovias estaduais 42 radares capazes de ler as placas dos carros e cruzar a informação com um banco de dados para saber se ele é roubado, furtado ou possui alguma pendência com a Justiça. Entre as rodovias monitoradas estão a Castello, Anhanguera, Imigrantes, Raposo Tavares e Tamoios.

Os radares têm uma tecnologia denominada OCR (Optical Character Recognition, algo como reconhecimento ótico de caracteres). Eles se assemelham aos usados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) nas ruas da capital para flagrar o rodízio.

A Secretaria Estadual dos Transportes afirmou que eles têm condições de flagrar IPVA atrasado, sem licenciamento e até multar. Porém, por ora, só vão flagrar placas para fins de segurança. A média histórica de devedores do IPVA no Estado é de 5%.

Os radares funcionam da seguinte forma: a informação da placa é encaminhada por um sistema de rádio à base de polícia. Os números e letras são pesquisados num amplo banco de dados que informa se o veículo está em situação irregular. Se ele for fruto de roubo, furto ou dívida em questionamento na Justiça um sinal visual e sonoro é emitido. Esse processo demora menos de um minuto. A partir do aviso, o policial pode fazer a abordagem do veículo na estrada e verificar o documento do condutor.

Além dos 42 radares fixos, outros 61 serão instalados em carros da Polícia Rodoviária em novembro.

Em 2005, Alckmin sancionou lei que previa a instalação de radares para ler placas e verificar veículos roubados e com débitos de IPVA e multas. A proposta não saiu do papel.

(da redação)

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