Com eleições, SP volta a ser ‘cidade suja’ até novembro

Paulistanos vão conviver com placas, cartazes, cavaletes, faixas e pinturas em muros por cinco meses

Durante quase cinco meses os moradores da cidade de São Paulo vão ver nas ruas e prédios itens que já haviam desaparecido do cenário do município há quase quatro anos, como cartazes, placas, faixas, panfletos e pinturas em muros.

Parte da poluição visual voltará patrocinada por candidatos a deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente nas eleições.

A publicidade nas ruas é permitida por lei federal, que prevalece sobre a Lei Cidade Limpa, municipal, que restringe bastante a propaganda.

Esta é a primeira vez desde a criação da norma municipal que esse tipo de propaganda voltará. Em 2008, nas eleições municipais, questionamentos judiciais fizeram com que os candidatos não apostassem em publicidade externa.

Agora, decisões da Justiça Eleitoral e uma lei municipal de 2009 não deixam mais dúvidas de que as regras da Lei Cidade Limpa não valem durante o período de campanha eleitoral.

Candidatos a deputado relataram à Folha de S.Paulo que vão usar todas as formas de propaganda liberadas, como a pintura de muros e a colocação de banners em imóveis particulares.

Retrocesso

A medida é contestada até pelo presidente do Sepex-SP (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo), Luiz Rodovalho: "É um retrocesso. Isso só vai beneficiar quem tiver maior poder aquisitivo".

Em 2007, o Sepex foi um dos grandes críticos à Lei Cidade Limpa.

Fonte: TRE (Tribunal Regional Eleitoral)

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